A caminho da eternidade

Maus rumores se espalham por todos os lados, são notícias de tragédias mundiais e individuais. Do outro lado do mundo uma queda de avião com centenas de mortos, furacões, terremotos... ao nosso redor, notícias de casamentos fracassados, vidas destruídas, corrupção, desemprego e anúncios de que as coisas não vão nada bem. Distante de nós a guerra se espalhando, crianças morrendo... E Tão perto famílias enlutadas chorando por seus entes queridos, por alguém que se foi e deixou somente o vazio e a saudade. Pais de famílias aflitos temendo o futuro. Tragédias, maus rumores, lágrimas, guerras, perdas, morte... Olhamos desolados para os cenários que se apresentam, ouvimos calados as notícias anunciadas. Então nosso coração se aperta perante a insegurança, perante o temor e as incertezas. Pois quem conhece o amanhã? Quem é capaz de compreender tão grande dor causada por uma tragédia seja ela mundial ou individual? Em meio a incerteza do amanhã, a dor do presente, ao caos vivenciado nos lembramos que ainda existe um socorro bem presente na hora da angústia, um consolo, uma esperança! Pois Deus nos advertiu em sua Palavra que aqui neste mundo teríamos aflições, mas Ele estaria conosco todos os dias até o fim... E acredite, Ele está. Nos momentos de dor e de tristeza, nas horas de desespero e de angústia, nas noites solitárias, no vazio da saudade, na dor do luto, no silêncio das respostas... Deus está conosco. Isso é fato. Nos encorajando a prosseguir, nos levantando em cada queda, nos carregando em seu colo quando o mundo parece desmoronar. Deus está conosco nos lembrando que aqui não é o nosso lugar, que este não é o nosso lar. Só estamos de passagem, e independente se esta tem sido difícil e dolorosa, o confortante é ter a certeza de que ao final de tudo encontraremos todas as respostas para as nossas incertezas. Experimentaremos o consolo para todas as nossas lágrimas, receberemos o descanso eterno nos braços de Jesus. Então estaremos eternamente seguros! Não mais tristeza, não mais dores, não mais desemprego, não mais culpa, não mais medo, não mais incertezas, não mais morte. Meu coração anseia ardentemente desfrutar dessa vida abundante, distante das tragédias e desilusões. E ao invés de dores e insegurança, alegria e paz. Ao invés de maus rumores, se ouvirá somente uma eterna canção entoada por anjos juntamente com todos os vencedores que combateram o bom combate, guardaram a fé e concluiram com triunfo a carreira aqui neste mundo. Simone Contelli

Entre claustros e caminhos

As vezes sinto-me como se eu não coubesse em lugar algum, como se eu não falasse o mesmo dialeto de muitos. Sinto-me perdida em uma imensa floresta buscando caminhos de volta para o que um dia eu já fui de fato, buscando a direção para retornar a minha real essência. As vezes sinto-me imersa em um prolixo mar, tentando encontrar um escape e um socorro para todos os meus temores, para todas as minhas dores, para as minhas inseguranças, para todos os meus complexos, desconfortos, dúvidas, frustrações e fragilidades. Avisto uma luz de esperança no ápice dos altos montes, tão longínquos, quase a ponto de se perderem no infinito... Sinto-me muitas vezes dentro de um claustro, aprisionada em minhas saudades, em minhas vontades e em meus sentimentos ambivalentes. Por vezes abro as janelas, procuro os raios de alegria, escuto o canto dos pássaros, sinto o cheiro das flores... Mas a primavera demora tanto a chegar, e o inverno permanece algóz aqui dentro. Enquanto isso procuro atalhos, maneiras, soluções e razões para prosseguir a jornada... Percebo que a estrada é tão íngreme, os espinhos são muitos entre os jardins, as noites são tão sombrias e a distância é tão longa até a chegada. Sinto-me entediada com a inalterabilidade deste claustro. Sinto-me cansada de tantas tentativas sem sucesso. Sinto-me saturada de desejos adiados, de comportamentos esperados, de tentar provar o que já não sou... E o que serei afinal, só Deus poderá saber... Pois eu não sei ainda quantos vales e mares terei que vencer, quantas manhãs e primaveras terei que esperar.. Só sei mesmo que por mais difícil que tudo pareça ser, o que preciso é acreditar e continuar... Simone Contelli

Entrevista à Rede In - Lançamento do Livro "Além do que os olhos podem ver"

Nesse mês concedemos à RedeIn uma entrevista e falamos a respeito do lançamento do meu livro. Confira a matéria:

Simone Contelli - Sonhos não têm fim

Simone Contelli canta "Sonhos não têm fim" na Comunidade da Fé em Americana-SP 
Janeiro/2015

Entrevista para o Jornal O Liberal - Lançamento do livro "Além do que os olhos podem ver"

No dia 04 desse mês concedemos ao jornal O Liberal uma entrevista e falamos a respeito do lançamento do meu livro. Confira a matéria:

___________________________________________________________________

Histórias 'além do que os olhos veem'

Simone Govo Contelli supera a deficiência visual e lança livro com 33 textos que expressam um olhar diferente para a vida

Simone Gobo Contelli não é daquelas pessoas que desistem fácil. Portadora de deficiência visual - tem apenas 10% da visão -, ela alimentava desde 2007 um sonho: lançar um livro. Com 33 textos, crônicas e poesias guardados, a única coisa que barrava a concretização deste desejo antigo era o alto custo com impressão. Mas, isso é passado. No fim de 2014, a barreira foi quebrada. Com a ajuda do marido Alex Contelli, Simone pode enfim segurar nas mãos o exemplar de "Além Do Que Os Olhos Podem Ver" (122 páginas).
A escritora conta que um dos primeiros passos para a publicação do livro foi o interesse de um empresário pela obra. "Ele veio falar com a gente, porque tinha alguns contatos de pessoas que poderiam patrocinar o livro e o Alex [marido] começou a ir atrás. Mas, ele não me contava nada sobre quantos patrocinadores a gente já tinha fechado ou se estava conseguindo algum", relembra.
A impressão da obra foi uma surpresa de Contelli para a esposa. No dia em que recebeu a ligação do lote pronto, a ideia era avisá-la na primeira noite de autógrafos, mas não deu certo.
"Eu fui buscar cedinho, mas o pessoal precisava de alguns assinados por ela. A surpresa de revelar na hora não deu certo, porque ela tinha que autografar antes. Como havia deixado dois de amostra em casa, um deles no criado-mudo ao lado da nossa cama, fiquei mandando mensagem para a Simone checar que horas eram, já que tinha um relógio ao lado do livro que ela aperta para falar o horário, mas não se tocava. Acabei contando diretamente que o livro estava bem ao lado dela", recorda Alex, rindo.
Ao saber da novidade, a recepcionista não conteve a emoção. "Liguei chorando para ele. Foi muito bom sentir o cheiro de livro novo e consegui ver um pouco da capa que tinha escolhido, foi incrível", relata Simone Contelli.
Na obra, os textos trazem algumas reflexões sobre momentos da vida da autora. Entre elas, mensagens de amor, de amizade, de esperança, sonhos e até um texto sobre o luto, escrito quando Simone perdeu os avós.
Cada época da minha vida que conseguia escrever está no livro. Por isso acho que todas as pessoas, pelo menos em algum texto, vão se encontrar", define. E ela completa: "Mas, a maioria fala sobre persistência, sobre a glória de lutar, algo que tive a vida toda. Nunca me conformei com a deficiência, sempre batalhei".
Apaixonada. Estudante de Psicologia, Simone Gobo Contelli diz que sempre gostou de escrever. Desde pequena, pegava um caderno de brochura e mandava a ver em historinhas com gravuras, em romances e alguns contos. Além de ser apaixonada pela escrita, a jovem autora ama a vida. Mesmo com as dificuldades da deficiência visual, ela reforça a dádiva que é estar viva e nunca desistir dos sonhos.
"Acho que isso vem um pouco da minha mãe, porque ela nunca desistiu. Fez questão de me colocar na escola com todo o mundo e isso me deu força para ir atrás das minhas coisas", reforça.
E como qualquer amante da escrita, a universitária já começou o processo do segundo livro. "Com toda essa emoção do primeiro, quero deixar esse segundo para o fim de 2015. Penso em escrever sobre a minha história, falar sobre superação, preconceito e sobre a deficiência visual. Tudo isso para ajudar outras pessoas que passam por situações parecidas e até com outras deficiências, para não desistirem da vida", conclui.

Fonte: 
http://liberal.com.br/noticia/D63AC8121E2-alem_do_que_os_olhos_veem

Confiança

Estive pensando em quantas vezes depositei a minha confiança em intervenções humanas e materiais, em quantas vezes esperei soluções provenientes de homens, de médicos, de coisas terrenas. Caminhei por várias vezes confiando em “carros e cavalos”... E nem preciso dizer que me frustrei, que chorei as falsas expectativas, as amargas ilusões. Pois quem é o homem para garantir a verdadeira felicidade? Qual o poder da medcina para intervir no que aparentemente é impossível? Qual o recurso material suficientemente poderoso para abolir todos os problemas e dores? Confiança depositada em lugares errados, em coisas erradas, em pessoas erradas... Mas a partir da minha decisão de confiar somente em Deus, uma grande porta se abriu! Pude entrar por essa porta de alívio, de tranquilidade, de descanso, de paz e de refrigério, pude me achegar em um lugar seguro, distante dos riscos e dos temores. Pois os que confiam no Senhor são como os montes de Sião que não se abalam, mas permanecem para sempre. Quando decidimos confiar somente Nele, não nos abalamos perante as más notícias, perante as dificuldades e as circunstâncias adversas que surgem ao longo do nosso caminho. Permanecemos firmes e convictos que o nosso socorro virá de Deus, que a nossa cura acontecerá, que as nossas provisões chegarão. Então compreendemos que não existe nada melhor do que esperar todas as coisas confiando e descansando em um Deus que nos ama e que opera milagres na vida de todos os que Nele confiam inteiramente. E essa tem sido a minha primeira e grande decisão nesses primeiros dias de 2015, esperar a direção de Deus para a minha vida, confiar que somente Dele virá as minhas provisões, as minhas respostas, a minha cura, a minha ajuda e o meu socorro. Pode até ser que perante essa decisão eu enfrente dores, lutas, ventos impetuosos... Porém, como diz a canção: Eu não perderei a fé, nem deixarei de confiar! Afinal: “A confiança é um ato de fé, e esta dispensa raciocínio.” Carlos Drummond de Andrade Simone Contelli