Banquetes no deserto


Olá queridos amigos e irmãos do blog!
Sou grata ao Senhor por tudo o que Ele faz em minha vida, por todas as bênçãos, livramentos, experiências vividas e pelos  enúmeros presentes que me concede. Deus sempre me presenteia com amigos especiais que me ensinam muito e que acrescentam mais fé e alegria em minha vida.
  Falo hoje de uma querida amiga que tive o privilégio de conhecer há dois anos, e que mesmo separadas pela distância, compartilhamos juntas as lutas e vitórias vividas.
Essa semana foi o aniversário da minha amada amiga Fabi, ao parabenizá-la por essa data tão especial, pedi a permissão para postar aqui no blog o maravilhoso testemunho de sua vida.
É claro que ela atendeu o meu pedido! E ai dela se não atendesse! Risos...
Afinal, seu testemunho revela o cuidado de Deus em cada detalhe, a sua bondade infalível e sua fidelidade incomparável.

Compartilho com vocês então esse testemunho poderoso que abençoou a minha vida e tenho certeza que abençoará a vida de todos:

Banquetes no Deserto

Minha vida é um exemplo de que Deus prepara banquetes no deserto.
Perdi a visão com 19 anos, de uma forma bem dolorosa, tanto física como psiquicamente.
Meu olho esquerdo foi prejudicado por uma úlcera de córnea, a qual gerou uma infecção que, segundo os médicos, se eu não tivesse feito algo naquele dia 01 de agosto de 2000, a infecção teria atingido meu cérebro e eu teria morrido certamente no dia seguinte, 02 de agosto, quando completei 18 anos.
Logo após, começaram os exames no olho direito, descobrindo-se um glaucoma em estágio avançado, o qual me fez perder também, a visão do olho direito, após várias cirurgias demasiadamente dolorosas que acabaram descolando minha retina.
Conclusão, como já dito, com 19 anos, estava completamente cega, tendo que recomeçar a vida novamente.
Recomeçar não é fácil! Acreditem!
Sonhos, vontades, prioridades, tudo jogado fora e sem que eu quisesse.
Mas, o que eu poderia fazer? Ficar em casa chorando não me adiantaria nada.
Eu sempre tive em mente o seguinte: “Todas as coisas cooperam conjuntamente, para o bem daqueles que amam a Deus”.
Então, decidi procurar escolas onde aprender a viver com minhas dependências e novas dificuldades.
Aprendi a ler e a escrever em Braille, praticamente sozinha em casa, em questão de semanas.
Entretanto, o melhor ainda viria. Descobri uma Universidade que, na época, oferecia bolsas a alunos com deficiência. E fui correndo pra lá.
Pelo menos resgataria o sonho de fazer um curso superior.
Chegando lá, após ser desencorajada pela assistente social e saber que não tinha o curso de Psicologia, o qual eu tanto queria, pois, sempre quis atuar na área da saúde, eu fiz a inscrição no vestibular, sendo a primeira opção Direito e a segunda Letras.
Não sabia bem o que eu queria, qual curso, só não queria ficar em casa sozinha, sem amigos, sem ninguém.
A faculdade foi meu refúgio.
Eu consegui...
Passei em 21º lugar no vestibular e, em 2003, ingressei na turma de Direito do período matutino, com 80% de bolsa.
Alguns detalhes merecem ser destacados: minha mãe é viúva e na época, era empregada doméstica. Meu irmão comprou um carro assim que eu entrei na faculdade e eu não tinha qualquer benefício, pois, nunca quis ser tida como inválida.
Desse modo, só a minha mãe me ajudava, tanto pagando os 20%, como, também, me levando na faculdade, pois, eu ainda não sabia andar sozinha, e, ao chegarmos em  casa, ela ia trabalhar até às 22:00.
Por conta da bolsa e de toda a dedicação da minha mãe, eu me proibia de tirar notas baixas. Mas, como conseguiria, estudando apenas com as gravações das aulas?
Era incrível. O pessoal saia com um monte de livros da biblioteca pra estudar e eu, ouvindo as aulas, conseguia absorver melhor a matéria, de modo que chegava a ensinar os demais em nossos grupos de estudos.
Eu era a única deficiente visual num total de cem alunos.
No terceiro ano, quiseram tirar minha bolsa. A faculdade não arcaria mais com este benefício. Teria que desistir.
Mas, Aquele que começou a boa obra, É Fiel para aperfeiçoá-la até o fim e, por isso, ele providenciou o escape. Fui chamada para trabalhar na faculdade, dando aulas de Braille para a comunidade.
Ganhei bolsa total e, também experiências de vida com meus alunos, as quais levarei por toda minha vida.
Finalmente, após tantos menosprezos, por parte de familiares, conhecidos, colegas de classe e, até mesmo, professores, consegui concluir o quinto ano, sem qualquer matéria pendente. Com notas altas em todas.
Agora era bacharelada em Direito, mas, não advogada. Teria que prestar a prova da OAB.
Acreditem, Deus providenciou até o dinheiro para que eu pudesse pagar o concurso.
Eu passei! Tanto na primeira quanto na segunda fase, na primeira vez que prestei. Deus me conhece bem e Ele sabe que não sou de persistir em nada (risos).
Hoje, sou advogada, e estou trabalhando há um ano e seis meses numa empresa aqui na Lapa SP.
Moro em Itaquaquecetuba e, todos os dias, acordo cedíssimo, enfrento um ônibus e 3 trens hiper lotados, sozinha, para chegar ao trabalho.
Sou reconhecida nas dez filiais espalhadas pelo Brasil, como sendo a Dra. Titular das ações contra a Intervalor, empresa para a qual trabalho. Além disso, Deus me presenteou com um Curso de Pós Graduação em Direito e Processo Civil, numa das melhores faculdades de Direito de São Paulo, o Complexo Jurídico Damásio de Jesus.
Nem tudo é flores. Tenho responsabilidades e sou cobrada da mesma forma que meus companheiros de trabalho, mas, Deus está comigo, por isso, não temo.
Têm dias que não dá vontade de sair de casa, afinal, sou humana e humanos padecem, sofrem, se decepcionam, se machucam, choram, enfim..., mas, sei que o meu Redentor vive! Ele é o meu socorro bem presente na hora da angústia.
Nestes últimos anos aprendi a conhecer a Deus, não só de ouvir falar, mas, de com Ele andar. Sinto o seu cuidado constante e aprendi adora-lo em Espírito e em verdade.
Conheci o Espírito Santo, meu amigo infalível! Nunca me deixa só, nunca vai embora!
Desde que perdi a visão, tenho promessas de cura. Promessas que me foram feitas em sonho e, posteriormente, por profetas, homens de Deus.
Eu creio na minha bênção e dela não abro mão. Mas, até lá, não vou parar, por que o mundo não para! Vou continuar trabalhando, estudando, e principalmente, adorando ao Senhor, exercendo o ministério de levita, para o qual fui chamada.
A mensagem que deixo no final do meu relato, sobre os banquetes que tenho presenciado em meio a esse deserto de enfermidade é a seguinte: ainda que não haja fruto na videira, que o produto da oliveira minta, que não hajam ovelhas no curral, que os campos não produzam mantimentos, que tudo pareça contrário. Todavia eu me alegrarei no Senhor, e exultarei no Deus da minha salvação. O meu auto refúgio, o meu lugar forte!
Entregue-se totalmente a Ele e você verá o que Ele fará na sua vida!
Ainda que os caminhos pareçam tortuosos, tudo coopera, sempre, para o nosso bem, por que nós amamos a Deus!

Abraços.

Fabiana Aparecida Santos
18 de maio de 2010.


É sempre maravilhoso ouvir as grandes obras realizadas por Deus na vida daqueles que confiam em seu poder e que dependem permanentemente da sua graça.
Nossa fé é fortalecida e nossa esperança renovada ao saber que Existe um Deus poderoso cuidando das nossas necessidades, dos nossos sonhos. Lutando as nossas lutas, resolvendo as nossas causas.
Existe um Deus majestoso que mesmo em meio à toda sua glória se importa comigo e com você.
E tudo o que esse Deus fez na vida da minha amiga Fabi, pode fazer em sua vida também. Basta que você acredite e confie somente em seu poder.
Experimente viver uma vida de entrega, dependência e confiança em Deus, e desfrutará das grandes maravilhas que o Senhor tem reservado aos seus filhos.

   Agradeço do fundo do meu coração a você Fabi, por compartilhar os grandes feitos do Senhor e edificar minha fé com suas lindas experiências.
Que Deus continue usando sua vida e operando poderosos milagres!
Te amo em Cristo!



Beijos

1 comentários:

Paty disse...

Lindo testemunho, obrigada por compartilhar Si!

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